alt

A Prefeitura de Lagoa Santa esteve representada na aula inaugural da disciplina de Artes e Ofícios dos Saberes Tradicionais, no auditório azul da Escola de Ciências da Informação, no campus da Universidade Federal de Minas Gerais, nesta terça-feira, 11/02. Thelma Palha, do Departamento de Políticas Culturais e Patrimônio Histórico, vinculado à Secretaria Municipal de Bem Estar Social, acompanhou a abertura da nova atividade que a UFMG oferecerá a partir deste semestre, como módulo livre para os alunos de graduação. As aulas serão, inicialmente, às quintas e sextas-feiras.

“O objetivo do projeto é propiciar um espaço de experimentação pedagógica e epistêmica no ensino capaz de inspirar resgates de saberes e inovações que beneficiem a todos os envolvidos – estudantes, mestres e professores. Trata-se de um desafio de grandes proporções devido ao verdadeiro abismo que separa os dois mundos que pretendemos

altcolocar em diálogo: o mundo acadêmico, altamente letrado e centrado exclusivamente nos saberes derivados das universidades ocidentais modernas; e o mundo dos saberes tradicionais, centrado na transmissão oral e que preserva saberes de matrizes indígenas e africanas e de outras comunidades tradicionais, acumuladas durante séculos no Brasil”, explicou o professor José Jorge de Carvalho, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inclusão no Ensino Superior e à Pesquisa, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Quem teve voz na aula inaugural foi Gercino Alves Batista, do grupo da Irmandade dos Atores da Pândega, de Lagoa Santa, responsável pela manifestação cultural Cortejo do Rei da Manta. O Cortejo participou do 5º Festival de Cultura Regional, em novembro do ano passado.

“A prefeitura esteve no evento prestigiar a disciplina e também o grupo de Gercino, cujo trabalho está incorporado nos saberes tradicionais”, explicou o secretário de Bem Estar Social.

A aula inaugural foi prestigiada pela pró-reitora de Extensão da UFMG, Efigênia Ferreira; pela Secretária de Cidadania e Diversidade Cultural, Márcia Rollemberg; pela rainha Conga de Minas Gerais; pela Guarda de Moçambique; pelo Congo Treze de Maio de Nossa Senhora do Rosário; e por Mestre Badu, do Quilombo Mato do Tição, da cidade vizinha de Jaboticatubas.