Atenta ao recente avanço da febre amarela em Minas Gerais, a Secretaria Municipal de Saúde de Lagoa Santa cria uma equipe de monitoramento ativo para acompanhar a evolução da doença no estado. Nenhum caso da doença foi registrado na cidade.

Em Lagoa Santa, a situação está sob controle, é o que garante Gilma Mariano Avelar Salomão, responsável pelo setor de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde. Mais de 80% dos lagoassantenses estão imunizados contra a febre amarela, garante. A vacina faz parte das ações de rotina dos programas de imunizações do calendário nacional de vacinação desde 1999.

A febre amarela é uma doença provocada por um vírus e transmitida por um mosquito infectado, razão que preocupa as autoridades de saúde, já que no meio urbano, o Aedes aegypti é o seu transmissor. Por isso, tão importante quanto a vacinação é acabar com os focos e a proliferação do mosquito, que também transmite a dengue, chikungunya e zika.

O avanço da doença no norte de Minas Gerais gerou uma corrida em busca da vacinação nas unidades de saúde, mas é preciso cautela com a imunização indiscriminada e sem indicação, alerta Gilma.

O Ministério da Saúde recomenda a vacina para aqueles que residem ou viajam para regiões silvestres, rurais ou de mata dos municípios que compõem a área com maior incidência de casos.

A vacina deve ser tomada dez dias antes das pessoas entrarem em contato com áreas de risco. Não é necessário tomar a vacina quem já foi vacinado com as duas doses, nos últimos dez anos.

As pessoas com baixa imunidade, com mais de 60 anos, gestantes e alérgicos, devem passar por uma avaliação médica mais criteriosa que decidirá se devem ou não ser vacinadas, segundo orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

As crianças podem ser vacinadas a partir dos 06 meses idade, caso residam em áreas de risco da doença. Caso contrário, a indicação é aos 09 meses de idade com uma dose de reforço aos 04 anos de idade, ficando assim imunizada para o resto da vida. É importante se vacinar duas vezes para garantir a imunidade.

A Secretaria Municipal de Saúde informa que não há falta de vacina contra a febre amarela no município. E que a Secretaria Estadual de Saúde tem estoque suficiente para garantir a continuidade da cobertura daqueles que ainda não foram imunizados com a primeira e a segunda dose.