Neste sábado e domingo, respectivamente 5 e 6 de outubro, Lagoa Santa será palco da terceira edição do Festival Mamute, promovido pelo coletivo de artistas Calcariu, que tem por objetivo mostrar à população da cidade e da região o melhor que foi produzido na cena artística local e regional neste ano, em suas várias áreas e manifestações. O Festival, com o apoio da Prefeitura Municipal de Lagoa Santa/Diretoria Municipal de Turismo e Cultura, será realizado no Iate Clube, das 9h às 23h, com entrada franca, já que os jornalistas, pintores, designeres e outros artistas que integram o coletivo não visam lucro.
“Nossa expectativa com o Festival, é gerar uma cena cultural de qualidade na cidade, pois aqui temos artistas que a cada ano se apuram e estão prontos para mostrar o grau de evolução que atingiram”, explicou um dos organizadores do evento Tiago de Alencar . “Mas também queremos ser plataforma para que grupos de cidades vizinhas mostrem seu trabalho e a evolução que estão tendo ao longo dos anos”, completou ele, citando o caso de um grupo teatral de Pedro Leopoldo, que estará se apresentando.
De acordo com o artista, todas os grupos que vão se apresentar durante o Festival tiveram uma relação com o coletivo de artistas de Lagoa Santa durante o ano, inclusive a grande atração do evento deste ano, a banda Petit Mort, de Buenos Aires, Argentina. O Festival repete assim a história do ano passado, quando as atenções estiveram voltadas para o rapper cearense Rapadura, hoje figura comum no mundo cultural paulistano. “Ao trazermos grupos e personalidades de fora para se apresentarem aqui, nossa pretensão é criar um intercâmbio que faça com que um dia nossos artistas evoluam a ponto de poder também se apresentarem fora”, explica ele.
Mamute
Segundo Tiago de Alencar, o nome do Festival remete a um animal pré-histórico de grande volume, e a alusão a ele reflete o peso e a dimensão que o Grupo Calcariu quer dar “em termos de qualidade e densidade” à produção cultural da cidade”.
Programação
O Festival Mamute será dividido em duas fases, a primeira voltada para manifestações artísticas diversas e, a segunda, para apresentações de grupos musicais. Na primeira fase, estão previstas a realização de Rodas de Histórias, com Walkiria Garcia e Walda Leão; Oficina de Desenho, com Evandro Alves e Leo Tattau; Interveção Cênica Falsa Paquita; Sarau, Intervenções Literárias e Fotográficas; Intervenção de Dança, com Belkiss Amorim e Paola Gontijo; Mesa de Discussão sobre patrimônio Cultural; Clube do Vinil ; e Oficina de Desenho com Evandro Alves e Leo Tattau.
A parte musical contará, no sábado (5/10), com as apresentações das bandas Marigold (BH); Marcos Brey, de Ribeirão das Neves; Republicanna, de Lagoa Santa; Pathologic Noise, de Belo Horizonte; Milícia Hostil, de Lagoa Santa; Petit Mort, de Buenos Aires (Argentina). No domingo (6/10), os que grupos que vão se apresentar são Urucum na Cara (BH); A Nuvem, de Lagoa Santa; Alkuimistas, de Lagoa Santa; Noblat, de Belo Horizonte, Alan Curátola, de Lagoa Santa e RAM, de Belo Horizonte.
História
O Festival Mamute foi realizado pela primeira em 2011, “meio na correria” na definição de Tiago de Alencar, pois o objetivo buscado naquele ano era apenas entrar no Circuito de Festivais Independentes, o que foi alcançado. No ano passado, o objetivo foi mais ambicioso, pois os organizadores conseguiram apoio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e da Fundação Nacional de Artes (Funarte), o que viabilizou, por exemplo, a presença do rapper Rapadura.
Para a edição deste ano, além do apoio da Prefeitura Municipal de Lagoa Santa, por meio da Secretaria de Bem Estar Social/Diretoria de Cultura, os organizadores conseguiram construir uma rede de 73 apoiadores e captar recursos por meio do site especializado Catarse.