A Prefeitura Municipal de Lagoa Santa quer envolver os agentes comunitários de saúde no enfrentamento à violência contra a mulher. Com este objetivo, os agentes participaram na tarde desta terça-feira, 28/01, no auditório da Escola Municipal Dr. Lund, de uma reunião, onde servidores da Coordenadoria Municipal de Políticas para as Mulheres e do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) mostraram em forma de palestras, dinâmicas e vídeos, como é possível identificar nas comunidades em que atuam mulheres vulneráveis à violência física e psicológica e a quem encaminhar às vítimas.

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Uma das metas prioritárias no enfretamento à violência contra a mulher é conseguir, com a colaboração dos agentes comunitários, a criação, nas regionais de Saúde do município, de Grupos de Mulheres, para debater temas ligados à saúde, à educação, à autonomia, à geração de renda e ao combate ao abuso contra o gênero feminino.

“O trabalho com os agentes comunitários de saúde é muito importante para que possamos identificar quais as comunidades mais vulneráveis a esse tipo de violência, e quem são as possíveis vítimas, trabalhando em cima dessa estimativa” afirmou a coordenadora de Políticas Públicas para a Mulher, Tânia Egidio.

Tipos de agressões

De acordo com a Coordenadoria, existem vários tipos de agressões realizadas contra as mulheres pelos próprios parceiros, como a sexual, a psicológica, a moral e contra um bem que possuam. Para isso, é preciso que os agentes de saúde estejam atentos aos sinais.

“As mulheres vítimas de violência podem apresentar sinais como lesões na face, queimaduras, transtornos alimentares, quadro depressivo e uso excessivo de álcool. Estes sinais nem sempre significam que as mulheres que os apresentam sofrem violência, mas podem ser indícios de que isso ocorra”, explicou a psicóloga Ludimila Porto, da Coordenadoria da Mulher.

Para a assistente social Renata Ferreira é preciso seguir algumas orientações para abordar uma possível vítima de violência. “Primeiramente, estabelecer uma relação de confiança, respeitar as limitações da pessoa, entender que ela tem seus motivos que às vezes a impede de romper aquela relação e, além de tudo, orientar a procurar ajuda” afirmou.

Agentes querem participar

A agente comunitária de saúde Patrícia Marques achou interessante o trabalho de prevenção à violência realizado pelos órgãos vinculados à Secretaria de Bem Estar Social da Prefeitura Municipal e espera “contribuir muito nesse processo pelos vínculos que possuí na comunidade em que trabalha”.