Saiba como evitar a proliferação e proteger a saúde da população.
O caramujo africano encontra abrigo e alimento em locais com acúmulo de entulho, lixo e mato alto, por isso é fundamental manter esses espaços sempre limpos e capinados. Embora o caramujo não seja venenoso, ele representa uma ameaça à saúde humana. O animal pode hospedar parasitas perigosos, como o causador da meningite eosinofílica — que atinge o sistema nervoso e os pulmões — e da angiostrongilíase abdominal, uma verminose grave que pode até levar à morte, caso o verme perfure o intestino.
Diante desse risco, o manejo correto dos caramujos é essencial. O contato direto com o molusco sem proteção deve ser evitado, pois sua gosma pode transmitir essas doenças. O método mais seguro de eliminação é recolher os caramujos com o uso de luvas ou sacolas plásticas, colocá-los em um recipiente com uma solução de água sanitária ou cloro (na proporção de um litro de produto para três litros de água) e deixá-los submersos até a completa eliminação.
No entanto, é fundamental proteger os olhos, boca e nariz durante o processo, utilizando sacolas ou máscaras, para evitar o contato com a secreção do animal. A destruição da concha também é indispensável, pois os fragmentos podem acumular água e servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
O uso de sal, embora comum, não é eficaz, além de exigir grandes quantidades e causar danos ao solo. Já o uso de fogo para eliminar os caramujos é altamente desaconselhado, por representar risco à segurança e ser ambientalmente incorreto.
Outro ponto de atenção são os ovos do caramujo africano, que se encontram a cerca de um centímetro da superfície da terra. Eles se assemelham a sementes de quiabo e podem ser eliminados com a mesma solução de água sanitária usada nos moluscos adultos.
Em caso de dúvidas sobre como proceder, a população pode contar da Zoonoses pelo telefone (31) 3688-1446.
Imagem: arquivo de fotos